"Uma vida não é nada. Com coragem pode ser muito" Charles Chaplin

29 julho, 2005

Vencendo a Desnutrição

Ótimo site sobre o assunto, em especial os manuais, clique aqui para acessar

Instrumentação para o ensino de Ciências

Clique aqui para acessar

INFORMATIVO INEP

Ano 3, nº 99, 28 JUL 2005

28 julho, 2005

O Diretor faz a diferença

Por Lia Scholze

26 julho, 2005

Nem a luz, nem o túnel

Por Eduardo Macedo de Oliveira

"Brasil mostra a sua cara, quero ver quem paga prá gente ficar assim" cantou uma vez o poeta. "Quando os políticos brigam, o país ganha" afirmou o procurador da República (DF), Luiz Francisco de Souza, pois "os corruptos de todos os lados são nominados e apontados" (Folha de S.Paulo, p.A8, 10/07/2005). Estamos estupefatos tentando entender as cantilenas emanadas do submundo político, digo, da politicagem rasteira, leviana, inconseqüente e repleta de saques no país afora.
Emergem, novamente, novos atores para antigos atos e cenários. Poder e ambição movem a engrenagem da corrupção, da malversação e da mentira, penalizando uma nação.
O Brasil permanece colônia nas cabeças daqueles que teriam a responsabilidade e o dever de transformá-lo num país justo, digno e decente. Tornamo-nos frágeis e vulneráveis pela prática predatória gestada nas campanhas eleitorais e concretizadas nos gabinetes oficiais.
Contrariando a lei maior, aqui nada se transforma, tudo se perde. Apesar de tudo e de todos, o Brasil encontra-se na 9ª posição entre as maiores economias do mundo, em poder de compra (Jornal Folha de S.Paulo, p.B9, 20/07/2005). Em compensação, ocupa a 86ª posição no ranking do PIB per capita (idem).
O "mensalão" já existiu em outras versões. A novidade é que partiu daqueles que até pouco tempo eram considerados os "guardiões" da moralidade. Desmoronou o último pilar da esperança, pior, não temos mais nem a luz, nem o túnel.
E a vida, digo, a economia continua...........mais blindada do que nunca, juro(s)!

25 julho, 2005

Os caminhos da educação digital

Por Léa Fagundes (Coordenadora do Laboratório de Estudos Cognitivos (LEC), ligado ao Instituto de Psicologia da UFRGS, e presidente da Fundação Pensamento Digital)

Um trem em chamas

CADERNO 2 / O ESTADO DE S.PAULO

Quinta-feira, 21 de Julho de 2005

Verissímo

Neoconservadores de outro planeta decidem invadir a Terra atrás dos seus recursos naturais, só por maldade ou para livrar o mundo do Tom Cruise. Qualquer uma destas hipóteses serve para explicar o ataque dos extraterrestres no extraordinário novo filme do Spielberg. Nunca ficamos sabendo de onde eles vêm e o que eles querem, além de nos pulverizar. Não há ultimatos, eles já chegam atirando. Não há cenas do ataque no restante do mundo ou de autoridades internacionais reunidas para planejar a resistência. O filme concentra-se nos Estados Unidos, ou na pequena parte do país representada por Cruise, sua família e sua circunstância. Spielberg sempre faz isso. Nos seus filmes, coisas fantásticas ou aterradoras acontecem ao redor de uma situação doméstica que nunca deixa de ser o centro da narrativa, e que no fim sempre se impõe ao resto. Em A Guerra dos Mundos ele consegue, ao mesmo tempo, destruir a Terra na nossa cara com o melhor uso de efeitos especiais digitalizados já feitos no cinema, e nos dar a impressão de que o caos está acontecendo nas margens da experiência familiar, mais entrevisto do que visto. Clarões atrás de um morro são os únicos sinais de uma batalha terrível com as máquinas invasoras da qual carros de combate emergem semidespedaçados, em fuga. A própria movimentação do Exército americano enfrentando os extraterrenos não merece muita atenção da câmera. É apenas mais um detalhe de fundo, e da impotência generalizada. Quase sempre vê-se mais a conseqüência da ação do que a ação. De repente, um trem em alta velocidade e totalmente em chamas atravessa a tela durante uma cena de horror, dando-nos uma visão impressionante de um horror ainda maior em outro lugar.
O filme testa nossa capacidade de agüentar o Tom Cruise permanentemente em cena - a câmera não o abandona por um segundo - e tem seus aborrecimentos, como uma longa seqüência num porão que poderia ter sido podada. Mas é um ótimo Spielberg, o que significa cinema no mais alto grau de invenção visual e emoção. Até sua ausência de sentido, a não ser para os mais diligentes caçadores de mensagens, funciona a favor do filme e do nosso prazer juvenil em vê-lo. Os extraterrestres não nos trazem nenhuma lição: nos liquidam, aparentemente, de nojo gratuito. Não provocam nenhuma resistência inspiradora num mundo unido contra um inimigo comum: nos comportamos abjetamente sob ataque. Estamos de volta aos bons tempos em que os raios da morte eram raios da morte, não metáforas, e o terror acabava na saída do cinema.

Vida e Educação

Download - Revista da Educação Municipal (UNDIME)

22 julho, 2005

Quantos somos nas áreas urbanas?

Por Washington Novaes

Sempre que se discutem os problemas urbanos no Brasil, é inevitável que surja a questão: mas qual é mesmo a população das cidades brasileiras? Porque, dependendo do critério de quem discuta, os números podem ser muito diferentes.
Um pouco mais de lenha nessa fogueira está sendo atirado pelo pesquisador Evaristo Eduardo de Miranda, da Embrapa Monitoramento por Satélite, com o artigo Áreas urbanas ou urbanizadas?, publicado na edição de maio da revista Eco-21. Ele sustenta ali que o quadro que tem sido apresentado da urbanização no Brasil talvez "não passe de uma ilusão", já que é com base nas informações dos municípios sobre áreas urbanas e rurais que o IBGE calcula a população urbanizada no País - 81,2% do total, segundo o Censo Demográfico 2000. Mas ela pode estar superestimada porque "o rural está se urbanizando", com a agregação de "novos serviços nas atividades rurais e pelo desenvolvimento de estruturas e equipamentos até então tipicamente urbanos".
A avaliação feita pela Embrapa, com base em imagens do satélite Landsat, estima a área urbanizada no País em apenas 21.472 quilômetros quadrados (0,25% da superfície total brasileira). E - diz o pesquisador -, se toda a população urbana viver nesse espaço, teremos uma média de 6.424 pessoas por quilômetro quadrado (para se chegar à população urbana de 137,95 milhões calculados pelo Censo de 2000). Mas no Nordeste a média é de 9.574,7 pessoas por km2, mais alta até que a do Sul (7.540,6) e a do Sudeste (6.969,6). Em 2.640 municípios com menos de 5 mil habitantes vivem apenas 4,7% da população urbana.
É uma discussão que pode ter muitas conseqüências nas políticas públicas, pois influirá nas decisões sobre onde atuar, onde implantar serviços e infra-estruturas. O economista José Eli da Veiga, da USP, é um dos estudiosos que têm criticado os critérios de avaliação da população urbana nos Censos, por entender que são considerados urbanos muitos milhões de pessoas que continuam a exercer atividades em zonas rurais - ao que tem sido replicado que mesmo assim vivem em áreas urbanas e têm precisão de serviços e estruturas tipicamente urbanos.
Seja como for, diz a Embrapa que 50,4% da população urbana vive em apenas 150 municípios, com área total urbanizada de 10.151 km2. Uma concentração brutal, fruto de décadas de altas taxas de natalidade e de fortes migrações internas, em função da disparidade de renda (e, portanto, de oportunidade de trabalho) entre regiões. Em 40 anos, foram mais de 100 milhões de pessoas no Brasil que se somaram à população urbana (a população rural caíra para 31,8 milhões) - um impacto pelo qual nenhum país poderia passar incólume e que se traduz hoje no terrível déficit de postos de trabalho, renda, habitação, saneamento, saúde, educação, segurança e outros serviços.
Mas o quadro está mudando e tende a mudar mais, porque a taxa de crescimento da população, que esteve próxima de 3% ao ano nas décadas de 1950/60 e 1960/70, já na década de 1991 a 2000 caíra para 1,64%, com 2,47% nas áreas urbanas e uma taxa negativa de 1,31% nas rurais. O número médio de filhos por mulher, que estivera em 6,16 na década de 40 e 4,35 na década de 80, já baixara para 3,16 na década de 90. E chegará ao equilíbrio quando estiver em dois filhos por mulher, que caracterizam a taxa de simples reposição (um para a mulher, outro para o homem).
Pelas atuais projeções, os demógrafos calculam que o Brasil estabilizará sua população em mais algumas décadas, com pouco menos de 250 milhões de pessoas. No momento, estamos contribuindo com pouco menos de 3% para uma população global que já se aproxima de 6,5 bilhões e que em 50 anos deverá agregar mais 2,5 bilhões a 3 bilhões de pessoas. Apenas seis países - China, Índia, Estados Unidos, Indonésia, Brasil e Paquistão - respondem por metade dessa população mundial. Só a China (1,3 bilhão) e a Índia (1,1 bilhão) têm, juntas, quase 40% do total. A Ásia, sozinha, tem 61% da população global. Hoje, a população mundial aumenta 210 mil pessoas por dia, quase 10 mil por hora, cerca de 166 por minuto, quase 3 por segundo, já que nascem 365 mil a cada 24 horas e morrem 155 mil. Mas o ritmo está arrefecendo, com a queda das taxas de natalidade.
Mas aumentam as preocupações, já que vários relatórios apontam que o consumo no mundo já está mais de 20% além da capacidade de reposição da biosfera - o que quer dizer que ele está contribuindo para degradar serviços e recursos naturais. Há quem diga - como escritor Arthur C. Clarke, já citado aqui - que a Terra não comportaria mais de 1 bilhão de pessoas. E aqueles relatórios afirmam que, se todos os terráqueos consumissem como os habitantes dos países industrializados, precisaríamos de mais dois ou três planetas para atender a essa demanda por serviços e recursos naturais.
Não cabe nem como especulação. O botânico Peter Raven, diretor do Missouri Botanical Garden, em Saint Louis, EUA, menciona as contas já feitas por economistas da Universidade de Stanford. Mesmo que existissem esses planetas - e ninguém ainda os encontrou -, seria preciso gastar o equivalente ao produto anual bruto do mundo todo (mais de US$ 30 trilhões) para mandar apenas algumas centenas de pessoas por ano para alguma região como Proxima Centauri. A alternativa, diz ele, não é saber se vamos conseguir reverter o quadro populacional do mundo. Não conseguiremos. "A alternativa real", afirma Raven no jornal Guardian, "é em que ponto estabilizar." E o que fazer enquanto isso e depois disso, pode-se acrescentar. Para racionalizar o consumo e distribuí-lo com justiça entre todos.

Publicado no jornal Estado de S.Paulo, 22/07/2005
Washington Novaes é jornalista. E-mail: wlrnovaes@uol.com.br

20 julho, 2005

INFORMATIVO INEP

Informativo INEP, ANO III, nº 98, 20 de Julho de 2005

A Crise do Capital e seus Impactos nas Reformas Educacionais Contemporâneas

Por Celso Carvalho

O imperialismo da razão neoliberal

por Pierre Bourdieu e Löic Wacquant

A privatização do mundo

por Robert Kurz

O neoliberalismo e a degradação ambiental

por Samuel Pinheiro Guimarães

Texto Ipea

Dinâmica da Renda, Longevidade e Educação nos Municípios Brasileiros - Junho, 2005

e-livros grátis

Leitores do Aprendiz podem baixar livros de graça

Melhore seu desempenho em geografia

Novos sites de geografia indicados por professores facilitam estudos depois das aulas.

POLÍTICAS SOCIAIS

Finanças públicas anti-sociais

MARCIO POCHMANN (*)

No Brasil de hoje, há sinais cada vez mais claros de retrocessos no compromisso das finanças públicas para com o bem estar do conjunto da população. Parcela significativa do fundo público tem sido drenada para o financiamento do patrimônio dos ricos.
Ao longo do século 20, algumas reformas foram capazes de alterar uma das vertentes selvagens que se sobressaem do modo de produção capitalista. A reforma tributária embalada pelo princípio da justiça fiscal terminou por onerar progressivamente os ricos, assim como constituiu a base dos fundos públicos voltados para o desenvolvimento do Estado de bem estar social.
Dessa forma foi possível constituir a universalidade do acesso ao ensino público e gratuito, bem como o avanço da saúde pública, juntamente com a ampliação considerável dos serviços públicos de transporte, previdência e assistência social, habitação de interesse coletivo, entre outros. A elevação do padrão de vida do conjunto da população teve na ação das políticas públicas um de seus principais esteios de sustentação.
Essa foi a experiência dos países desenvolvidos que ousaram realizar reformas civilizadoras do capitalismo. O Brasil, mesmo sem ter realizado as reformas clássicas do capitalismo contemporâneo, registrou alguns avanços nas políticas públicas favoráveis à elevação do padrão de vida. Mas isso não ocorreu para todos. As estreitas bases fiscais sempre foram um dos limites do financiamento de políticas universais no país, uma vez que os ricos praticamente não pagam impostos, que têm nos pobres a base regressiva da arrecadação tributária.
No Brasil de hoje, contudo, há sinais cada vez mais claros de retrocessos no compromisso das finanças públicas para com o bem estar do conjunto da população. Por conta do atual ciclo de financeirização de riqueza, parcela significativa do fundo público tem sido drenada para o financiamento do patrimônio dos ricos.
Trata-se, em síntese, da gestão das finanças públicas contra o bem estar do povo, ou simplesmente das finanças anti-sociais. A razão disso está no padrão de ajuste das finanças públicas que visa valoriza o atendimento dos compromissos com o pagamento de juros e encargos do endividamento estatal. Para isso, buscou-se, durante o plano real a ampliação das receitas governamentais. A privatização do setor produtivo estatal serviu para a transferência às famílias financeirizadas o dote equivalente a 25% do Produto Interno Bruto (PIB) anual do país, enquanto a elevação da carga tributária bruta possibilitou aumentar a receita governamental em mais 10% pontos percentuais do PIB.
Mesmo que essas ações governamentais fossem importantes para elevar a arrecadação do Estado - em meio ao baixo crescimento econômico -, elas se mostraram insuficientes para atender o total dos gastos com juros e encargos financeiros. É bom lembrar que o Ministério da Fazenda poderia mudar de nome tranqüilamente de Ministério dos Juros, pois representa a segunda maior despesa pública nacional. Por conta disso, diversas medidas foram adotadas com o objetivo de cortar o gasto público, especialmente nas áreas sociais, como forma de aumentar os recursos a serem transferidos ao pagamento dos juros.
Pode-se constatar, por exemplo, que durante o governo de FHC houve distintas situações na evolução das despesas governamentais. Entre 1995 e 2002, as despesas sociais do governo federal decresceram 13,8% como proporção do total do gasto público, enquanto o dispêndio financeiro aumentou 13,4% como proporção da despesa total.
Com recursos relativamente menores para atender a área social, cresceu a dívida social, especialmente aquela vinculada ao financiamento do custo de reprodução das classes trabalhadoras no país. Ou seja, faltam recursos para educação, saúde, assistência, previdência social, entre outros gastos fundamentais ao bem estar do povo.
Em contrapartida, uma minoria de ricos não tem o que reclamar. Diante do enorme esforço realizado pelo governo federal no interior das finanças públicas tem sido possível atender parcialmente o pagamento dos encargos do endividamento público no Brasil.
A proposta de déficit público nominal zero consiste em mais uma medida de corte explícito do gasto público, sobretudo social. Há vários caminhos para o país alcançar o equilíbrio nas finanças públicas. O rápido crescimento econômico é uma alternativa consistente, uma vez que a arrecadação de impostos cresce num ritmo superior à própria elevação do PIB. Também o corte drástico dos juros permitiria ainda mais rapidamente a redução dos gastos com juros, uma vez que 1 ponto percentual da taxa de juros do país equivale a uma despesa anual equivalente a 10 bilhões de reais. Para isso, contudo, o governo precisa enfrentar os detentores da riqueza financeirizada.
Talvez por isso, ganhe destaque a proposta do déficit nominal zero que visa cortar gasto público, especialmente com a desvinculação das receitas sociais. Esse parece ser o caminho de menor resistência política, pois se refere, mais uma vez, à socialização do prejuízo entre os pobres, com prosseguimento da prática das finanças anti-sociais.

(*) Marcio Pochmann é professor do Instituto de Economia e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Unicamp. Foi secretário do Trabalho na gestão de Marta Suplicy (PT) na Prefeitura de São Paulo (2001-2004).

fonte: http://agenciacartamaior.uol.com.br//agencia.asp?coluna=boletim&id=1378

19 julho, 2005

Albert Einstein

"...sob certas condições, os capitalistas privados inevitavelmente controlam, directa ou indirectamente, as principais fontes de informação (imprensa, rádio, educação). É então extremamente difícil, e na maior parte dos casos na verdade quase impossível, para o cidadão individual chegar a conclusões objectivas". Albert Einstein, no seu ensaio de 1949 Porquê o socialismo .

Estatuto da Criança e do Adolescente

Livro mostra aplicações bem sucedidas do ECA

18 julho, 2005

A esperança como dever ético

Nesta entrevista, que o leitor pode ouvir na íntegra, o antropólogo Luiz Eduardo Soares explica a violência no Brasil, aposta na cultura como pólo de atração para concorrer com o tráfigo de drogas e diz: "Não somos democráticos nem na morte".

TV Digital

Na opinião de especialistas da USP, Hélio Costa foi precipitado ao descartar padrão brasileiro

Quando a escola atrapalha a vida dos estudantes

Respostas que estão no vento

O sono da Razão

Queda dos salários

Brasil sobe para 14ª economia do mundo

Criador de Ilusões

Fonte: Jornal do Commércio - RJ

15/07/2005 - aziz ahmed
aziz.ahmed@jcom.com.br

O ministro Tarso Genro marcou sua passagem pela Pasta da Educação pelo desconhecimento do setor, por criar factóides, por consolidar a educação brasileira no pódio das vergonhas nacionais, e pela oposição ao ministro Antônio Palocci. Suas declarações de anteontem, em Paris, merecem análise e reflexão.
Neste momento vamos trabalhar pregando a rigidez da economia como está e, a partir disso, projetar para o futuro, para outro modelo de desenvolvimento - afirmou, identificando sua paixão socialista e dando início a uma conspiração velada à política econômica do Governo Lula.
Os índices de educação da ONU colocam o Brasil na 41ª posição, atrás de muitos países africanos. Em número de alunos cursando universidades, calculado em percentual sobre a população, está atrás de quase todos os países sul-americanos. A tentativa de partidarização socialista da educação brasileira, num país que possui uma constituição democrática, capitalista, e que assegura ampla liberdade individual, deflagrou um choque no setor.
No projeto de Reforma Universitária, proposto por Genro, uma comissão de juristas encontrou nada menos de 37 inconstitucionalidades.

ILUSÕES-2

Chamado pelo presidente Lula para recuperar o PT, Tarso Genro quer emplacar como substituto o também ideólogo Fernando Haddad, jovem professor da USP, ex-líder estudantil, e um neófito prenhe de energia para socializar o País.
Pelo que representa de ameaça de conflito com o setor particular (que domina 82% da educação universitária brasileira) e com a política econômica que dá governabilidade ao País, a escolha parece inoportuna.

Imagens de satélite

O mundo, visto do espaço. O site de busca Google lançou em caráter experimental um mapa interativo do planeta feito com imagens de satélite. O recurso é, no mínimo, espetacular. A versão para download, mais completa, permite até "voar", nas cidades norte-americanas, por entre os arranhacéus representados graficamente em 3D. Saiba como aproveitar o recurso nas aulas de Geografia.

Licenças para Mestrado

Prefeitura aumenta licenças para professor fazer mestrado

A rede de ensino de Curitiba ganhará novos mestres. A Secretaria Municipal da Educação ampliou de 9 para 26 o número de licenças para professores participarem de cursos de mestrado, nas áreas educação e tecnologias voltadas à educação. Com isso, nos próximos dois anos aumentará de 15 para 40 o número de professores municipais titulados. Atualmente, 25 professores estão realizando cursos de mestrado.
A permissão para licença de professores é determinada pelo decreto municipal 1299/93. Em março, a Secretaria publicou portaria alterando o percentual de licenças para cursos de mestrado. Até então, o número permitido era de 20% em relação a 0,5% dos professores que compõe o quadro do município. Com a alteração subiu para 60% o número de liberações para mestrado.
Do início do ano até agora, vinte professores iniciaram o mestrado. No ano passado, cinco haviam sido licenciados e ainda continuam se dedicando à especialização. Mesmo fora de sala de aula, os professores continuam recebendo seus salários integralmente, com o compromisso de retornar às atividades após a conclusão do trabalho científico.

Homologação

Assinada homologação para que o ensino fundamental tenha 9 anos

O ministro da Educação interino, Ronaldo Teixeira da Silva, anunciou na sexta-feira que assinou a homologação do Conselho Nacional de Educação (CNE) para que o ensino fundamental tenha nove anos. O anúncio foi feito durante as oficinas do MEC, em Bom Jesus de Itabapoana (RJ). "Até a manhã de ontem (quinta-feira), o ensino fundamental tinha oito anos, mas na condição de ministro assinei a homologação do Conselho Nacional de Educação que institui os nove anos do ensino fundamental para a necessária transformação da educação básica", declarou.
Com a lei as redes estaduais, municipais e particulares terão cinco anos para se adaptarem à norma. A partir de agora as crianças poderão ingressar na primeira série do ensino fundamental com 6 anos de idade. Entre as vantagens para a criança ingressar na escola um ano mais cedo, segundo Silva, está a redução das situações de risco, especialmente para quem vive na periferia das cidades, a melhoria do aprendizado e aumento da escolaridade dos alunos.
Matrículas - Dados da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC indicam que o ensino fundamental de nove anos está parcialmente implantado em 22 estados e no Distrito Federal. São 7.398.128 alunos de seis anos freqüentando a escola em 2005, dos quais 4.421.472 na rede municipal; 2.770.200 na rede estadual; 102.092 na rede particular; e 4.364 na rede federal.

15 julho, 2005

Urbanos e caóticos

Publicado no jornal Correio, p.A2, 14/07/2005:

Urbanos e caóticos

No Brasil, 80% de sua população está concentrada na zona urbana (5.562 municípios).
Talvez no futuro esta situação possa ser revertida, mas o quadro atual exige políticas consistentes e articuladas entre os entes federados (União, Estados e Municípios), pois a concentração urbana exige a disponibilidade de aparelhos sociais, econômicos, legais, políticos e ambientais para o atendimento das demandas e para garantia de sua sustentabilidade.
Os problemas de um município são proporcionais ao seu número de habitantes. A oferta de saneamento básico, educação, transporte, saúde, emprego, comércio, segurança e lazer exigem co- responsabilidades entre os governos federal, estadual e municipal, mas a conta maior fica para os municípios. Demandas e receitas não seguem os mesmos caminhos.
Os municípios encontram-se impotentes diante dos encargos crescentes e a escassez de recursos financeiros.
As iniciativas do passado, conseqüência de um significativo crescimento, não encontram terreno fértil nos dias atuais. Os arrochos fiscal, monetário e econômico, instalados, em especial, a partir dos anos 1990, sufocaram o País, punindo principalmente aqueles mais próximos dos problemas, os municípios.
A política nacional cedeu lugar ao imediatismo rasteiro, às políticas focalizadas em detrimento da universalização dos direitos sociais fundamentais, instalando-se a "política do possível".
Em síntese, com o pensamento único, tornou-se proibitivo pensar dignamente o Brasil.
Não se trata de duvidar de nossas potencialidades, mas estamos patinando em conseqüência de uma macropolítica covarde e injusta, que fere nossa soberania e equilíbrio. Uma política rentista que amplia a desigualdade e a concentração de renda.
Administrar os municípios tornou-se uma tarefa árdua, complexa e desafiadora.
Exige sensibilidade, coragem e disposição, capacidade de tomada de decisões socialmente referenciadas, competência administrativa, técnica e, principalmente, democrática, para relacionar-se com tudo e com todos.

Prof. Eduardo Macedo de Oliveira
Uberlândia (MG)

Quem diria!

Quem diria!

Publicado no jornal Correio, p.A2, 15/07/2005:

Quem diria! malas, bingos e cuecas abalaram a república da moralidade. Waldomiros e Valérios dizimaram o marketing da esperança. O mensalão, termo pós-moderno do nosso atraso, revelou a democracia da propina. A publicidade virou caso de polícia, anunciando os feudos das estatais. A esquerda pasteurizou os limites da ilusão. O pensamento único tornou-nos os únicos [...] babacas da globalização. Os militantes do partido dos trabalhadores descobriram a natureza humana. O Brasil mudou a sua embalagem sem o menor conteúdo. As estatais leiloadas financiaram os dízimos dos partidos. O mar de lama atropelou as ideologias. O Brasil continua atolado nos porões do neoliberalismo. Permanecemos analfabetos com a mesma cartilha, pois ainda não descobrimos o Brasil!

Prof. Eduardo Macedo de Oliveira
Uberlândia / MG

Sobre ciência e sapiência

> Revista Educação, Edição 99
Sobre ciência e sapiência
Rubem Alves

Os fabricantes de pianos moram na caixa de ferramentas e os pianistas, na de brinquedos
Rubem Alves
Muitas pessoas não gostam do que escrevo. Dizem que o que eu faço não é ciência; é literatura. É verdade. Faz tempo que me mudei da caixa de ferramentas para a caixa dos brinquedos. O que me aborrece é pensarem que somente a ciência tem dignidade acadêmica. Houve mesmo o caso de uma candidata ao mestrado que teve seu projeto recusado por me citar demais e por propor um assunto que não era científico. Psicóloga e pedagoga, ela sabia por experiência própria do poder do olhar. Há o olhar de desprezo, de admiração, de ternura, de ódio, de vergonha, de alegria... A mãe encosta o filhinho na parede e, a um metro de distância, lhe estende os braços e diz sorrindo: "Vem". Há olhares que dão coragem. E há olhares que destroem, como o da professora que olha para a criança de um certo jeito, sem nada dizer. Mas a criança entende o que está dizendo: "Como você é burra"... O olhar é real porque produz efeitos reais. O olho é também real. Há uma especialidade médica que se dedica a eles. Mas não encontraremos referências ao olhar nos tratados de oftalmologia. Nem tudo o que é real pode ser pescado com as redes metodológicas da ciência. Será possível fazer uma ciência dos olhares? Não tem jeito. Aí a proposta de uma dissertação sobre o olhar foi rejeitada sob a justa alegação de que não era científica. E não era mesmo. Mas o fato é que os olhares são reais! O estudo dos olhos é tarefa da ciência. E por isso eu sou agradecido. Nesse momento estou usando óculos para escrever. Mas eu me dedico ao olhar, para que meus olhos sejam sábios. O olhar é uma música que os olhos tocam.
Se os olhos não serviram como metáforas, falarei sobre os pianos Steinway, os mais perfeitos, que estão nas grandes salas de concerto, produzidos de forma rigorosa e científica. Tudo neles tem de ter a medida exata. Todos têm de ser absolutamente iguais, para que o pianista não estranhe. Mas um piano, em si mesmo, é estúpido: obedece tanto a um toque de macaco, de um louco ou do Nelson Freire.
Os pianos não são fins em si mesmos. São ferramentas construídas para tornar possível a beleza da música. Mas a beleza não é um objeto de conhecimento científico. Não me consta que nenhum dos especialistas em construção de pianos da fábrica Steinway jamais tenha dado um concerto. Ciência eles têm. Mas falta-lhes a arte. Para que o piano produza beleza há os pianistas. Mas os pianistas nada sabem sobre ciência da construção dos pianos. Os fabricantes de piano moram na caixa de ferramentas; os pianistas, na de brinquedos.
A diferença está entre "ciência" e "sapiência". Os teólogos medievais diziam que a ciência era uma serva da teologia. Parodiando, digo que a ciência é uma serva da sapiência. A ciência é fogo que aumenta o poder dos homens sobre o mundo. A sapiência usa o fogo da ciência para transformar o mundo em comida, objeto de deleite. Sábio é aquele que degusta. Mas, se o cozinheiro só conhecer os saberes que moram na caixa de ferramentas, é possível que o excesso de fogo queime a comida e, eventualmente, o próprio cozinheiro...

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Mar de vozes: atividade com blog para sala de aula

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O sonho das elites brasileiras

PAULO NOGUEIRA BATISTA JR.

15 ANOS DO ECA

País ainda carece de políticas públicas para crianças

DÍVIDA HISTÓRICA

Plano define políticas para a promoção da igualdade racial no Brasil

Educar para além do capital

Em "A educação para além do capital", István Mészáros ensina que pensar a sociedade tendo como parâmetro o ser humano exige a superação da lógica desumanizadora do capital, que tem no individualismo, no lucro e na competição seus fundamentos.

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A história do corpo humano

Terceira versão do anteprojeto vai ser entregueao presidente; reitor da Unicamp defende mudanças

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Educadores dizem que há otimismo a longo prazo.

Informativo do Inep - ANO 3 - Nº 97 - 13 JUL 2005

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