"Uma vida não é nada. Com coragem pode ser muito" Charles Chaplin

26 julho, 2005

Nem a luz, nem o túnel

Por Eduardo Macedo de Oliveira

"Brasil mostra a sua cara, quero ver quem paga prá gente ficar assim" cantou uma vez o poeta. "Quando os políticos brigam, o país ganha" afirmou o procurador da República (DF), Luiz Francisco de Souza, pois "os corruptos de todos os lados são nominados e apontados" (Folha de S.Paulo, p.A8, 10/07/2005). Estamos estupefatos tentando entender as cantilenas emanadas do submundo político, digo, da politicagem rasteira, leviana, inconseqüente e repleta de saques no país afora.
Emergem, novamente, novos atores para antigos atos e cenários. Poder e ambição movem a engrenagem da corrupção, da malversação e da mentira, penalizando uma nação.
O Brasil permanece colônia nas cabeças daqueles que teriam a responsabilidade e o dever de transformá-lo num país justo, digno e decente. Tornamo-nos frágeis e vulneráveis pela prática predatória gestada nas campanhas eleitorais e concretizadas nos gabinetes oficiais.
Contrariando a lei maior, aqui nada se transforma, tudo se perde. Apesar de tudo e de todos, o Brasil encontra-se na 9ª posição entre as maiores economias do mundo, em poder de compra (Jornal Folha de S.Paulo, p.B9, 20/07/2005). Em compensação, ocupa a 86ª posição no ranking do PIB per capita (idem).
O "mensalão" já existiu em outras versões. A novidade é que partiu daqueles que até pouco tempo eram considerados os "guardiões" da moralidade. Desmoronou o último pilar da esperança, pior, não temos mais nem a luz, nem o túnel.
E a vida, digo, a economia continua...........mais blindada do que nunca, juro(s)!