"Uma vida não é nada. Com coragem pode ser muito" Charles Chaplin

22 junho, 2006

Mais do Mesmo

Por Eduardo Macedo de Oliveira

Um presidente imbatível e uma eleição inútil. As pesquisas indicam que Lula é insuperável, e mais, venceria no primeiro turno.
Diante de uma oposição atormentada, incapaz de explicitar um projeto para o país, chama a atenção a travessia imune de Lula diante das sucessivas crises instaladas em Brasília.
Ocorre o seu descolamento em relação ao partido (PT) e emerge o lulismo, uma mistura de populismo e carisma, impregnado de identificação com as classes populares.
As políticas focalizadas, como o bolsa-família, potencializam o seu favoritismo. Além das camadas populares, majoritárias, o atual governo, também atende os interesses da minoria elitizada. Por exemplo, os banqueiros (ou rentistas) e os caciques fossilizados do Congresso Nacional (Sarney e Calheiros). Estes oferecem uma sustentação e blindagem importantes para o atual presidente.
Em relação às eleições, pode-se afirmar que serão desgastantes, pois a sanha da oposição focará a desqualificação do presidente, em detrimento do debate necessário em torno das alternativas e projetos para o país. É certo que este processo não contribuirá para o aperfeiçoamento democrático e político do país.
Nota-se, também, a questão da reeleição, instituída durante o governo FHC. A utilização da máquina governamental durante a campanha e a não descompatibilização contribuem e beneficiam o atual presidente, embora não sejam decisivos para o processo.
Diante do exposto, o problema seria o segundo mandato. Qual seria o comportamento de Lula? Qual seria a sua base de sustentação no Congresso Nacional? A oposição aceitaria a derrota sem revanchismo ou tentativa de golpe?
Enfim, cabe-nos diante das projeções, assegurar que no segundo mandato não seja criada uma instabilidade institucional, pois o primeiro, já foi suficientemente marcado por denúncias e escândalos. Boa sorte Brasil!

07 junho, 2006

Planeta Bola

Por Eduardo Macedo de Oliveira


Durante um mês, o mundo vai parar, literalmente. A Alemanha tornar-se-á a capital e centro das atenções de todas as nações e continentes. Os meios de comunicação, cada vez mais sofisticados e avançados, potencializarão a magia estabelecida por uma das mais geniais criações da humanidade: o futebol.
Esta modalidade esportiva, historicamente globalizante, é uma unanimidade, inquestionável. Aproxima, unifica e agrega as diversas culturas, idiomas e fronteiras. Um jogo apaixonante, imprevisível e emocionante.
Além de cativante, sua organização, através da FIFA e suas confederações, revela uma organicidade incomparável. Nenhuma instituição mundial tem a submissão, o respeito e o poder das mesmas. Participar de uma copa, é o desejo de qualquer nação. Nenhum evento ou iniciativa possibilita a convergência de audiência e expectativas. Por outro lado, com o passar dos anos, a FIFA e suas confederações, tornaram-se um poderio econômico. Contratos milionários foram firmados com as grandes empresas mundiais. O capitalismo não poupou o futebol, muito pelo contrário.
Cada copa provoca-nos alegrias e encantos, e claro, frustrações. Em 1970, com nove anos de idade, assisti a primeira transmissão da copa, realizada no México. Simplesmente inesquecível! Lembro-me da escalação, dos resultados, dos lances, da música (Prá frente Brasil....). Outras copas foram inesquecíveis, mas confesso que a de 70, permanece marcante em minha memória.
Conhecer outros países, como a Alemanha, atualmente, é um dos pontos positivos de uma copa. Seus estádios monumentais, seus costumes. Fiquei fã da cidade em que se instalou a seleção: Koenigstein.
Li no Estadão (p. E8, 06/06/06) que o G-14, grupo formado pelos maiores clubes de futebol da Europa, estuda a possibilidade de promover uma copa do mundo a cada dois anos. Já pensaram, este alvoroço futebolístico ocorrer a cada dois anos? Não sei os motivos de tal idéia. Talvez seja para enriquecer ainda mais as suas organizações (ou seus jogadores).
Que venha mais uma copa. Viva a Alemanha, viva nossos talentosos jogadores! O que seria de nós sem a magia do futebol? O pão e o circo, continuam indispensáveis.