"Uma vida não é nada. Com coragem pode ser muito" Charles Chaplin

05 dezembro, 2005

Retratos do Brasil

Por Eduardo Macedo de Oliveira

Em 1980, a média de expectativa de vida dos brasileiros era de 62,6 anos. Em 2004, 71,7 anos (75,5 – mulheres / 67,9 – homens ). Segundo o IBGE, uma das causas principais desta evolução é a queda da taxa de mortalidade infantil. A proporção de mortes de bebês até um ano de idade foi 26,6 por mil no ano passado e, em 1980, era de 69,1.
As metas do milênio da ONU (estabelecidas em 2000) apontam para o Brasil, em 2015, o compromisso em reduzir ao patamar de 15,6 por mil bebês. Pelas projeções do IBGE, em 2015, o país terá uma taxa de 18,2 por mil. Temos, portanto, que acelerar a queda.
Num ranking de 192 países (onde há indicadores disponíveis) o Brasil ocupa a 82ª e 99ª posições em expectativa de vida e mortalidade infantil, respectivamente.
A falta de acesso à água, ao saneamento básico, à educação, à saúde e a miséria, a desnutrição, entre outras, são as principais causas da mortalidade infantil.
Expectativa de vida e mortalidade infantil, duas realidades que revelam o retrato de um país. Somos ricos economicamente, produzimos riquezas, mas nossa dívida social continua, insuportavelmente, presente.
Em tempo, em 1980, a mulher brasileira vivia 6,1 anos a mais do que os homens. Em 2004, essa diferença aumentou para 7,6 anos.