Aos Nossos Mestres
Por Eduardo Macedo de Oliveira
Um dia ela apareceu em nossas vidas. Desde então, não fomos mais os mesmos; em maior ou menor grau, marcou nossa formação, aprendizado e destinos: a Escola.
Entre os seus atores, os professores, os nossos mestres. Na sua maioria, exigentes, carismáticos, competentes e sensíveis.
Ao lado da arte de ensinar, tornaram-se referências em nossas vidas. Temos um pouco de todos eles e eles um pouco de todos nós, pois aprendiam com quem estava aprendendo.
Faço uma homenagem a dois professores, em nome de todos eles.
O primeiro, o professor Irineu Siegler. No início dos anos 70, naquele bairro distante onde localizava-se a Escola Polivalente (E.E. Guiomar de Freitas Costa), o professor despertou-nos para o conhecimento da geografia, mas também para uma nova geografia das nossas vidas. Entre outros talentosos professores daquela escola, o professor Irineu destacava-se pela sabedoria, simplicidade e carisma.
Pausa. Dentre os vários problemas da educação atual, destaca-se a ausência do interesse e envolvimento do corpo docente com os seus alunos. Continua.
O professor Irineu significou naquela época uma referência para a nossa formação. Seus exemplos de vida eram grandiosos como a sua competência como professor.
Outro professor, Paulo Machado, no início dos anos 80 (Escola Promove, situado no Colégio Nossa Senhora) ensinou-nos, através da História, os caminhos para elaboração de um pensamento autônomo e crítico. A sua sabedoria estimulou dialeticamente nossas mentes. Desafiava nossas certezas, iluminava nossas incertezas, desconstruia nossas obviedades. Enfim, sua atuação gerava um movimento, a superação da inércia, indispensável para a compreensão do mundo, de suas relações e injustiças.
Após alguns anos, ambos, Irineu e Paulo, estavam lecionando na Universidade Federal de Uberlândia, onde continuaram iluminando mentes e vidas. Mestres, simplesmente, muito obrigado!
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