"Uma vida não é nada. Com coragem pode ser muito" Charles Chaplin

02 novembro, 2006

Parabéns, Dr. André!

Por Eduardo Macedo de Oliveira

Foram publicadas as informações da pesquisa Estatísticas da Saúde Assistência Médico-Sanitária 2005 (AMS 2005), realizada pelo IBGE, com o apoio do Ministério da Saúde. A AMS 2005 investigou todos os estabelecimentos de saúde existentes no país, públicos ou privados, com ou sem fins lucrativos, em regime ambulatorial ou de internação. Inclusive, aqueles dedicados exclusivamente ao apoio à diagnose, terapia e controle regular de zoonoses.
Vejamos alguns dados da pesquisa: “O número de leitos apurados foi de 443.210, sendo 148.966 (33,6%) públicos e 294.244 (66,4%) privados. Entre 2002 e 2005, houve um decréscimo de 27.961 leitos, equivalente a uma redução de 5,9% no total de leitos, ou uma taxa de declínio de 2,0 % ao ano. A queda do número de leitos concentra-se no setor privado e ocorreu em todas as regiões sendo a perda anual neste período de 3,2%. [...] Em contrapartida, no setor público, houve um crescimento de 1,8% no mesmo período, com 17.189 leitos federais, 61.699 estaduais e 70.078 municipais. No entanto, apenas nas regiões Norte e Centro-Oeste, a oferta de leitos públicos acompanhou o crescimento populacional. A Região Norte é a que possui maior percentual de leitos públicos (57,7%), seguida das Regiões Nordeste (45,3%) e Centro-Oeste (36,6%). Na Região Sudeste, a proporção é de 27,9% e a Região Sul possui o menor percentual, 19,9%.A relação leito por 1.000 habitantes, em 2005, foi de 2,4. Em 2002, esse índice era de 2,7. O parâmetro indicado pelo Ministério da Saúde é de 2,5 a 3 leitos por 1.000 habitantes. Coube ao setor privado a maior queda nesse índice (4,9% ao ano). No setor público, o declínio foi de 1,2%. Foram observadas reduções deste indicador em todas as Unidades da Federação [...]” (Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/ams/2005/default.shtm, acesso em 01/11/2006).
No momento em que é realizado um “raio X” da saúde brasileira, tomei conhecimento da exoneração do secretário municipal de saúde, André Luiz Oliveira. Lamento muito, pois o referido secretário, servidor da Universidade Federal de Uberlândia (Hospital de Clínicas), aceitou o convite para administrar um das pastas mais importantes do executivo municipal. Durante quase dois anos, enfrentou vários desafios. Atuou incansavelmente, com honradez e abnegação. Sensível as causas sociais, por vocação, deixa uma marca de humildade e coragem pois enfrentou as armadilhas e contradições do poder público. A área de saúde possui problemas estruturais crônicos, entre eles, a mal-resolvida relação estabelecida com o Hospital de Clinicas (UFU) e a parceira com a Fundação Maçônica na administração das UAI´s.
Prezado André, deixo meu reconhecimento por sua luta em prol de um país menos desigual e mais justo. Erga a cabeça, continue na sua missão social e profissional, estabelecida há vários anos, por exemplo, na pastoral da saúde.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Prezado professor André,

ao ler o "Estadão", de 26/11/2006, tomei conhecimento do site www.educacaoe-conjuntura.com.br e, mediante o referido site, eu soube de um evento próximo cujo tema abordará questões atinentes ao tema ENSINO SUPERIOR PÚBLICO E PRIVADO NO BRASIL. "Corri" à internet, procurei acessar o site, contudo não consigo, exceto textos disponibilizados por professores (aproveito para parabenizá-lo quanto ao brilhante texto disponibilizado por você, de sua autoria).
Professor André, em minhas páginas na web, isto é,

www.recantodasletras.com.br/autores/silviomedeiros

e

www.leialivro.com.br (click em BUSCA o meu nome, isto é, silvio medeiros)

há um texto no qual eu narro fatos bastante desagradáveis que aconteceram comigo nestes últimos 5 anos. Tenho a minha saúde abalada (encontro-me afastado por auxílio-doença); minha vida financeira foi destruída (estou na miséria), e, por fim, minha vida acadêmica totalmente arrazada. Tudo isso motivado por motivos fúteis, como por exemplo, inveja e coisas que tais;

Nas minhas páginas acima citadas há um texto (atribui dois nomes a ele) intitulado: "Eu acuso a Faculdades da Fundação de Ensino de Mococa" e/ou in site "LeiaLivro"
: "Destinos de um plano de curso em tempos de barbárie".

Solicito, por gentileza, ao senhor, uma leitura do referido texto, no qual, além da metade do texto eu narro as histórias que provocaram tantos desastres em minha vida, ou o que restou de minha quase-vida, haja vista terem me transformado num pária social.
Por favor, professor André, leia com carinho as denúncias que apresento e por amor ao que o senhor mais ama na vida, que ele seja transformado em tema de debate no evento que ocorrerá em breve acima citado. Não sei se o senhor dele participará; peço, mais uma vez, por favor, nesse caso, comunique a um outro professor palestrante que mencione tais fatos.

Contando com o seu auxílio, agradeço-o antecipadamente.

PROF. DR. SÍLVIO MEDEIROS
Campinas, novembro de 2006.

10:40 PM

 

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